“Caixa ecológico” em supermercado de Curitiba (PR) estimula boas práticas ambientais e auxilia entidades filantrópica


Uma proposta de conscientização ambiental, que alia execução simples a bons resultados, está em prática em Curitiba (PR). A rede de supermercados Festval, que tem quatro lojas na cidade, oferece aos consumidores em uma delas – a Barigui, próxima ao parque homônimo – a opção de pagar suas aquisições no chamado “Caixa Ecológico”.

Nele, a clientela é estimulada a levar de casa as sacolas para acondicionar suas compras – valem as plásticas comuns, inclusive da concorrência. O principal foco da iniciativa, porém, é que, pagos os produtos, os compradores descartem de imediato, em containers apropriados, embalagens de plástico e papelão.
Em termos práticos, ao invés de levar para casa a pasta de dentes dentro da respectiva caixinha, o cliente carrega só o tubo. As doações são voluntárias e o “Caixa Ecológico” também funciona como qualquer outro.
Esses resíduos deixados nos containers, somados aos que a empresa recolhe nas lixeiras próprias para coleta seletiva – essas instaladas em todas as lojas –, são vendidos e o valor auferido é repassado a instituições filantrópicas, previamente cadastradas.
O “Caixa Ecológico” nasceu em outubro de 2006, quando foi inaugurada a loja Festval Barigui. A idéia, da professora Dulce Albach, do Centro Universitário Positivo (Unicenp), surgiu como tema de sua dissertação, à época na qualidade de mestranda em Gestão Ambiental na mesma instituição.


“Foi uma semente, mas temos que continuar insistindo, que ter em mente outras ações para estimular a conscientização ambiental”, convida.
Dulce Albach levou a proposta à rede de supermercados em agosto de 2006. “Achamos interessante e resolvemos adotá-la”, disse a AmbienteBrasil Jane Sodré, analista de Marketing do Festval.
Assim, o Unicenp é oficialmente parceiro na iniciativa e assina com o supermercado um panfleto em papel reciclado que explica os ojetivos do “Caixa Ecológico”.
A peça informa, por exemplo, que “o tempo de persistência dos plásticos nos aterros sanitários varia de 50 a 200 anos”.
Outras informações da peça: “cada brasileiro produz em média de 600g a 1Kg de lixo por dia” e “31% da composição dos resíduos sólidos municipais no Brasil são embalagens”.
De outubro de 2006 até agosto passado, data do último levantamento, foram deixadas pelos clientes 3.345 embalagens plásticas e 3.364 de papel – só no Caixa Ecológico.
Com esse resultado, até agora o supermercado beneficiou duas instituições, cada uma recebendo mil reais.

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